domingo, 18 de agosto de 2013

Ela acordou naquela manhã de domingo e abriu um sorriso tão vibrante quanto a sensação de vermos um arco-íris nascendo depois de uma longa tempestade. Sentia-se renovada. De alguma forma aquelas feridas haviam sumido – sarado, ou quem sabe, foram esquecidas-. Ela queria mais, ela buscava ter novas sensações. Era uma escorpiana em uma busca incessante.  

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Versinho antigo


Nesse entulho de sentimentos sinto-me extraviada,
como um barquinho em alto mar sem remos
como a impulsividade que tivemos
como as palavras enraizadas

Perco-me mais uma vez em meus atos,
lembrando sempre dos seus abraços,
mas nessas recordações permaneço,
pois o seu adeus, eu nunca esqueço!

(Danielle Soares)

Em resposta ao meu,

É que os escombros de sentimentos, de fato, nos perverte.
Inverte o que nas nossas mãos servem de parafernália,
nas nossas mãos, na cabeça, na boca.
Até as bagatelas que levamos no bolso,
perdemos, inclusive elas.
E na memória? O adeus que sempre destila fortes emoções, e
a esperança de ele não ser uma "despedida" de verdade.

(Lucas Monteiro)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


Algo falava mais alto. - É coisa de pele, é coisa de pele! - Ela dizia, e sorria. E aquele sorriso dizia tanta coisa (...)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ela joga o lixo, lava as mãos, se balança na rede, pega um pente no quarto da mãe, abre o vasculhante do seu banheiro. Vai ao guarda roupa do pai e sente o cheiro dele em suas roupas -sente saudade-, faz carinho no gato, brinca com o cachorro, vai ao quintal olhar as plantas. Volta, senta no sofá, levanta e vai até o quarto do irmão, procurar algo que nem ela sabe o que seja. É como se precisasse estar em todos os cantinhos daquela casa. Como se precisasse levar cada pedaço no bolso -ou no coração. É uma ansiedade. É a incerteza lhe corroendo aos poucos. Enquanto por outro lado a felicidade lhe transborda. Sorri e sonha como uma menina -uma criança- boba. Então, lembra do olhar seguro, do abraço acolhedor, do carinho, e se sente forte. Forte para enfrentar esse tal destino incerto, essas surpresas da vida. 

sábado, 10 de dezembro de 2011

Festa, bebida, cigarro, música, pessoas desconhecidas. "Alegria"

É engraçada essa vida de “curtição”, você planeja a semana toda uma super noite pra dançar, beber, rir, beijar pessoas desconhecidas e todo esse lixo. Você praticamente iguala-se a um troféu. Se arruma, sai de casa, chega ao local da tal festa, analisa as pessoas e fica lá, esperando ser conquistada. Depois de algumas doses de tequila e cervejas, um pouco de dança e um diálogo ridículo, o melhor alguém da sua noite vai lá e te “conquista”. Ok, é uma alegria instantânea, mas nada além disso, quando acaba, fica um vazio muito pior que antes. Então você vai pra casa e deita-se na cama sozinha. Sem “boa noite, meu amor” ou “pensei tanto em você hoje.” ou “sinto a sua falta, quero você aqui.” Deita na cama e não sabe nem em quem pensar ou se tem em quem pensar, quer livrar-se disso. Ou pode também ir pra cama com um semi-desconhecido, transar loucamente e no outro dia se despedem, talvez troquem telefone, talvez se vejam de novo. Por um lado essa vida de curtição é cheia de gente e alegrias passageiras, por outro é muito vazia, é inteiramente solitária, o que no final das contas, a torna completamente inválida. Tipo a vida de um troféu: É almejado por um determinado tempo, para depois de ser conquistado, passar o resto da vida em uma estante, sozinho, definhando e tendo apenas a poeira de companhia.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011


Ela parece feliz não parece? Parece ser aquela menina de bem com a vida, que faz suas loucuras no dia a dia. Que vive fazendo gracinha, cheia de humor, que anima os amigos quando eles estão mal. Parece uma menina que vive de bem com a vida não é? Mas não. Ela sofre, chora, todas as noites, ela passa por noites frias e tenebrosas, dias difíceis que ela mesmo não aguenta. Ela disfarça a dor com um sorriso. Dor que a sufoca. Ela tenta ser feliz perto dos outros. Dá o melhor de si, para as pessoas não perceberem o que ela passa. Mas quando está sozinha, tudo é diferente. Ela que não consegue segurar as lágrimas, e desaba por prantos de choro. Ela sofre,  dói nela, e muito. Mas ela tenta ser forte, cai, levanta e continua andando, tropeçando nos caminhos da vida. Ela está totalmente cansada de si mesma. Pensa em desistir. Mas mesmo assim ela quer continuar tentando, sendo forte. Ela tem um coração frio, pois cansou de estar aos pedaços. Mas ao mesmo tempo um coração mole, bobo e tonto. Que pode acreditar sempre, e acabar se machucando de novo. E claro, ela levanta diante disso tudo, e continua a andar. Com medo, mas com Deus.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Eu fui crescendo e percebi como a vida é insana e sem sentido, e ainda mais, vi que é preciso se apegar a algum objetivo que te faça escolher, alguma meta que te obrigue a lutar, algum sonho que guie teus caminhos. O problema é que muitas vezes esquecemos como alto podem ser os nossos sonhos e chegamos a esquecer que muitas vezes nossos sonhos sempre serão sonhos,apenas sonhos. E é essa possibilidade de ter nossos sonhos perdidos que nos faz desistir, a se conformar, a se sentir vencido ou como se não pudéssemos alcançar nada mais. Então nossa alma começa a dar os primeiros sinais da dor de que para nós o sonho acabou. Logo em seguida, é o nosso físico que mudou de expressão, é o nosso rosto que já não esboça o mesmo sorriso, e por fim, são os nossos olhos que não consegue segurar as lágrimas. Lágrimas que na chuva se disfarçam, transformando suas gotas e minhas gotas em algo único, lágrimas que  expressam a dor do coração, lágrimas que nos faz esquecer que um dia sonhamos. Mas olha, a vida mesmo sendo injusta e dolorida me ensinou uma coisa mágica: Deus sempre nos presenteia com jóias raras, que nos faz lutar, que nos faz amar e que nos faz viver, jóias chamadas de sonhos, e te garanto que se Deus te deu essa graça que é sonhar é porque ele confia na tua capacidade de realizar. Não pense que vai ser fácil realizar,pois para ser um sonhador tem que ser muito forte, não quando ainda é fácil manter um sonho, mas sim, depois quando esse sonho se torna uma frustração na nossa consciência.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Assim como a dor que fere o peito, tudo vai passar também.’ Acredito nisso. Mas minha vida está totalmente contrária do que deveria. Tudo se tornou mais difícil. As pessoas a minha volta não entendem, ninguém entende, muito menos eu. Isso é o pior, eu sou o problema. Procuro não pensar tanto nisso, mas não tem como. Estou rodeada de coisas que me lembram de cada detalhe, sem deixar escapar nada. Tantos pontos de interrogação que se formam em minha mente, tantas perguntas a serem respondidas. Difícil é achar as respostas adequadas para cada uma delas. Cada palavra que sai de mim de alguma forma me alivia, me faz sentir mais viva. Eu gosto disso. Mas tem vezes que o que eu mais preciso é gritar, pra todo mundo ouvir, qualquer coisa que eu precise colocar pra fora, só pra sentir como é. Queria poder falar da dor que machuca meu peito aqui dentro, das lágrimas que não caem para não ferir ninguém, dos sorrisos que sustento pra não piorar. As coisas mais simples são as que me deixam mais forte e com mais vontade pra continuar tentando. Cada sorriso que me deixa com mais esperança. Cada abraço apertado que me faz sentir mais amor. Cada olhar sincero que me conquista de maneiras diferentes. São tudo pequenas coisas. Mas é dessas pequenas coisas que eu tenho tirado toda a força que eu tive até hoje. É com elas que tenho me mantido em pé. É por elas que eu continuo percorrendo meu caminho, ultrapassando cada obstáculo que apareça. É incrível como pequenas ações podem mudar muita coisa. Ao menos na minha vida mudam. Todos os dias.

sábado, 3 de setembro de 2011

Estou dividida em dois mundos. Um mundo grande, cheio de coisas ocas e vazias. Cheio de sonhos que mais permanecem na cabeça das pessoas do que fora. Cheio de pouca atitude, cheio de nada. E outro mundo, pequeno dessa vez. Cheio de pequenas grandes coisas. Cheio de vida, e sonhos que ali se proliferam.A minha dependência desses dois mundos é como a minha necessidade pelo correto e o pecado. Preciso aprender com os erros para passar a ajudar os outros, mas quando estou cheio de nenhum retorno, sinto falto do errado para eu me refugiar dessa angustia e esperar o desafio do troco da vida. É tudo um processo, e esse processo é eterno. E é por isso que existe felicidade eterna, amor eterno, tudo é para sempre. As pessoas só não conseguem entender que para ser eterno não precisa ser permanente. Uma hora volta, outra hora parti, e assim vamos vivendo, e aprendendo com essa incerteza certa. A única certeza que temos da vida é que ela é feita de incertezas. E os sentimentos “sempre” voltam. O que estou vivendo agora é a mistura do doce e o amargo. É como um ovo sem feto. Por fora vê o mundo com afeto, mas por dentro não vê, apenas espera a morte inquieto. Inquieto? Digo inquieto, pois ao balançar pra ver se não está choco, automaticamente o medo de ser levada a frigideira demonstra qualquer sentimento de inquietude. Voltando a falar do doce e amargo, me refiro ao bom e ruim. Refiro-me ao tempo. Tenho uma simpatia com o amargo, acho gostosa determinadas frutas que amargam a boca, como as carambolas. E o doce. Adoro! Até não se tornar enjoativo. Mas agora o tempo. O tempo não tem gosto, é neutro, é como a água, o trocamos por tudo quando temos alternativas, mas nunca nada vai saciar melhor a sede do que o tempo, a água.Daí, quando tudo está bem, vem essa pergunta em forma de pressão psicológica, tentando arrancar de mim uma resposta que só o tempo pode dar. Se decidirmos algo, o tempo para e não vivemos aquilo, mas se não decidirmos o tempo voa e perdemos a chance por não ter tomado decisão. Mas entre esperar e tomar decisões o melhor é tomar decisões, mesmo que sejam precipitadas, passamos a viver a precipitação da decisão tomada. Agora se escolhermos esperar, o tempo vive por você e quando ele se cansar, ele te entrega o resto dele, de você, que é a velhice e o remorso.

sábado, 27 de agosto de 2011

Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.