Foi diante de um espelho que observei meu reflexo, uma simetria perfeita, afinal toda simetria tem que ser perfeita para assim fazer seu papel. Meus braços se alinham diagonalmente, horizontalmente e verticalmente, assim como minhas pernas. Tudo com tamanho exato que mantém um equilíbrio. Mas ainda assim sinto que essa simetria não é o bastante, sinto que ainda existe uma falta, aquela qual se faz presente diante de tanto espaço entre braços e pernas. Falta o encaixe, falta o complemento. Porque nada mais equilibrado do que quatro braços e quatro pernas sincronizados. Nada mais perfeito do que a simetria de dois seres unidos, dois reflexos contrários. Um sendo o oposto exato do outro. Um sendo a imagem que o outro quer ver. A simetria radial da combinação perfeita. Vista de qualquer ângulo, vista por qualquer um. O que preenche todos os vãos, acaba com os vazios do outro. O par imperfeito mais completo de todos. O par mais oposto existente. O par.
Nenhum comentário:
Postar um comentário