sábado, 9 de julho de 2011

Foi diante de um espelho que observei meu reflexo, uma simetria perfeita, afinal toda simetria tem que ser perfeita para assim fazer seu papel. Meus braços se alinham diagonalmente, horizontalmente e verticalmente, assim como minhas pernas. Tudo com tamanho exato que mantém um equilíbrio. Mas ainda assim sinto que essa simetria não é o bastante, sinto que ainda existe uma falta, aquela qual se faz presente diante de tanto espaço entre braços e pernas. Falta o encaixe, falta o complemento. Porque nada mais equilibrado do que quatro braços e quatro pernas sincronizados. Nada mais perfeito do que a simetria de dois seres unidos, dois reflexos contrários. Um sendo o oposto exato do outro. Um sendo a imagem que o outro quer ver. A simetria radial da combinação perfeita. Vista de qualquer ângulo, vista por qualquer um. O que preenche todos os vãos, acaba com os vazios do outro. O par imperfeito mais completo de todos. O par mais oposto existente. O par.

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