quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Eu fui crescendo e percebi como a vida é insana e sem sentido, e ainda mais, vi que é preciso se apegar a algum objetivo que te faça escolher, alguma meta que te obrigue a lutar, algum sonho que guie teus caminhos. O problema é que muitas vezes esquecemos como alto podem ser os nossos sonhos e chegamos a esquecer que muitas vezes nossos sonhos sempre serão sonhos,apenas sonhos. E é essa possibilidade de ter nossos sonhos perdidos que nos faz desistir, a se conformar, a se sentir vencido ou como se não pudéssemos alcançar nada mais. Então nossa alma começa a dar os primeiros sinais da dor de que para nós o sonho acabou. Logo em seguida, é o nosso físico que mudou de expressão, é o nosso rosto que já não esboça o mesmo sorriso, e por fim, são os nossos olhos que não consegue segurar as lágrimas. Lágrimas que na chuva se disfarçam, transformando suas gotas e minhas gotas em algo único, lágrimas que  expressam a dor do coração, lágrimas que nos faz esquecer que um dia sonhamos. Mas olha, a vida mesmo sendo injusta e dolorida me ensinou uma coisa mágica: Deus sempre nos presenteia com jóias raras, que nos faz lutar, que nos faz amar e que nos faz viver, jóias chamadas de sonhos, e te garanto que se Deus te deu essa graça que é sonhar é porque ele confia na tua capacidade de realizar. Não pense que vai ser fácil realizar,pois para ser um sonhador tem que ser muito forte, não quando ainda é fácil manter um sonho, mas sim, depois quando esse sonho se torna uma frustração na nossa consciência.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Assim como a dor que fere o peito, tudo vai passar também.’ Acredito nisso. Mas minha vida está totalmente contrária do que deveria. Tudo se tornou mais difícil. As pessoas a minha volta não entendem, ninguém entende, muito menos eu. Isso é o pior, eu sou o problema. Procuro não pensar tanto nisso, mas não tem como. Estou rodeada de coisas que me lembram de cada detalhe, sem deixar escapar nada. Tantos pontos de interrogação que se formam em minha mente, tantas perguntas a serem respondidas. Difícil é achar as respostas adequadas para cada uma delas. Cada palavra que sai de mim de alguma forma me alivia, me faz sentir mais viva. Eu gosto disso. Mas tem vezes que o que eu mais preciso é gritar, pra todo mundo ouvir, qualquer coisa que eu precise colocar pra fora, só pra sentir como é. Queria poder falar da dor que machuca meu peito aqui dentro, das lágrimas que não caem para não ferir ninguém, dos sorrisos que sustento pra não piorar. As coisas mais simples são as que me deixam mais forte e com mais vontade pra continuar tentando. Cada sorriso que me deixa com mais esperança. Cada abraço apertado que me faz sentir mais amor. Cada olhar sincero que me conquista de maneiras diferentes. São tudo pequenas coisas. Mas é dessas pequenas coisas que eu tenho tirado toda a força que eu tive até hoje. É com elas que tenho me mantido em pé. É por elas que eu continuo percorrendo meu caminho, ultrapassando cada obstáculo que apareça. É incrível como pequenas ações podem mudar muita coisa. Ao menos na minha vida mudam. Todos os dias.

sábado, 3 de setembro de 2011

Estou dividida em dois mundos. Um mundo grande, cheio de coisas ocas e vazias. Cheio de sonhos que mais permanecem na cabeça das pessoas do que fora. Cheio de pouca atitude, cheio de nada. E outro mundo, pequeno dessa vez. Cheio de pequenas grandes coisas. Cheio de vida, e sonhos que ali se proliferam.A minha dependência desses dois mundos é como a minha necessidade pelo correto e o pecado. Preciso aprender com os erros para passar a ajudar os outros, mas quando estou cheio de nenhum retorno, sinto falto do errado para eu me refugiar dessa angustia e esperar o desafio do troco da vida. É tudo um processo, e esse processo é eterno. E é por isso que existe felicidade eterna, amor eterno, tudo é para sempre. As pessoas só não conseguem entender que para ser eterno não precisa ser permanente. Uma hora volta, outra hora parti, e assim vamos vivendo, e aprendendo com essa incerteza certa. A única certeza que temos da vida é que ela é feita de incertezas. E os sentimentos “sempre” voltam. O que estou vivendo agora é a mistura do doce e o amargo. É como um ovo sem feto. Por fora vê o mundo com afeto, mas por dentro não vê, apenas espera a morte inquieto. Inquieto? Digo inquieto, pois ao balançar pra ver se não está choco, automaticamente o medo de ser levada a frigideira demonstra qualquer sentimento de inquietude. Voltando a falar do doce e amargo, me refiro ao bom e ruim. Refiro-me ao tempo. Tenho uma simpatia com o amargo, acho gostosa determinadas frutas que amargam a boca, como as carambolas. E o doce. Adoro! Até não se tornar enjoativo. Mas agora o tempo. O tempo não tem gosto, é neutro, é como a água, o trocamos por tudo quando temos alternativas, mas nunca nada vai saciar melhor a sede do que o tempo, a água.Daí, quando tudo está bem, vem essa pergunta em forma de pressão psicológica, tentando arrancar de mim uma resposta que só o tempo pode dar. Se decidirmos algo, o tempo para e não vivemos aquilo, mas se não decidirmos o tempo voa e perdemos a chance por não ter tomado decisão. Mas entre esperar e tomar decisões o melhor é tomar decisões, mesmo que sejam precipitadas, passamos a viver a precipitação da decisão tomada. Agora se escolhermos esperar, o tempo vive por você e quando ele se cansar, ele te entrega o resto dele, de você, que é a velhice e o remorso.