domingo, 31 de julho de 2011

Sim, eu precisei sumir. Depois de todas as tristezas que o mundo me deu, eu resolvi ir pra longe … criei um mundo só pra mim, um mundo onde eu precisava pensar só em mim. Aliás, as pessoas já tinham esse mundo há muito tempo, pois só pensaram nelas o tempo todo. Eu tive que me libertar de tantas coisas, também tive que esquecer. Não foi fácil como bater a porta do meu quarto e dizer ” Não quero ver ninguém ” Foi mais difícil do que parecia, eu tive que mandar embora pessoas que em algum momento da minha vida, me fizeram sorrir… mas depois só me machucaram. Eu passei a visitar lugares mais calmos, e fui esquecendo da balada. Nos lugares mais calmos eu encontrei tempo pra pensar, silencio que significa paz. Ao invés de garotos querendo te usar em uma balada. Eu aprendi a rever cada erro meu, e reconhecer quando eu acerto, já que varias pessoas nunca faziam isso. Foi assim que eu larguei aquela minha vida fútil, sem sentido, que só me traziam momentos que la na frente não me serviriam. Eu estou voltando pra casa, mais como uma garota bem diferente da que todas conheciam. Ninguém mais me chamara de fraca, e nem poderá dizer que eu não consigo, não mesmo.
Partículas de areia presas nos meus pés. Podia caminhar a vida inteira e a minha cabeça pensante não se gastaria. Conchas enfeitavam a beira da praia. Sol, calor e corpos bronzeados. Gaivotas celebravam o dia lindo. Andei, andei e no fim não tinha nada. Nenhum tesouro ou vestígio de algum encontro bom. Voltei com os pés cansados. Ao menos eles se reclinam em uma cama vazia. Mas o que faço com essa minha mente? Não pára um minuto. Descanse minha querida, pois preciso descansar também.

sábado, 9 de julho de 2011

Foi diante de um espelho que observei meu reflexo, uma simetria perfeita, afinal toda simetria tem que ser perfeita para assim fazer seu papel. Meus braços se alinham diagonalmente, horizontalmente e verticalmente, assim como minhas pernas. Tudo com tamanho exato que mantém um equilíbrio. Mas ainda assim sinto que essa simetria não é o bastante, sinto que ainda existe uma falta, aquela qual se faz presente diante de tanto espaço entre braços e pernas. Falta o encaixe, falta o complemento. Porque nada mais equilibrado do que quatro braços e quatro pernas sincronizados. Nada mais perfeito do que a simetria de dois seres unidos, dois reflexos contrários. Um sendo o oposto exato do outro. Um sendo a imagem que o outro quer ver. A simetria radial da combinação perfeita. Vista de qualquer ângulo, vista por qualquer um. O que preenche todos os vãos, acaba com os vazios do outro. O par imperfeito mais completo de todos. O par mais oposto existente. O par.